Metronidazol: O que É? Para que Serve? É Antibiótico? Precisa de Receita?

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Como funciona o fármaco na versão pomada, gel e comprimido?

Metronidazol é um medicamento indicado, em geral, para os casos de infecção intestinal e vaginal.

Em se tratando de antibiótico, o mesmo age impedindo a proliferação de microrganismos no corpo.

Além destas, o medicamento também trata outras infecções:

  • Amebíase: uma infecção causada por pelos mais diversos tipos de amebas;
  • Giardíase: uma infecção causada pelo protozoário Giardia Lamblia, que acomete o intestino delgado;
  • Tricomoníase: uma infecção causada pelos mais diversos tipos de Tricomonas;
  • Demais infecções causadas por: Fusobacterium sp, Eubacterium, Bacteroides Fragilis, além de cocos anaeróbios.
  • O mesmo pode ser formulado em creme, quando associado com a Nistatina (antifúngico) também é um excelente medicamento para a candidíase vaginal.

Quais são as apresentações do fármaco?

O remédio pode ser encontrado em várias apresentações.

A versão comprimidos pode ser obtida em três dosagens: 250 mg , 400 mg e 500 mg.

Quando a aplicação vaginal for indicada pelo médico, as versões em gel ou pomada do Metronidazol são as mais adequadas. A concentração encontrada é de 0,75% ou 100mg/g.

Há também o remédio em gel ou pomada para uso tópico, (aplicação na pele), recomendado para tratar a rosácea, que se caracteriza por lesões inflamadas na pele.

Em crianças, o Metronidazol suspensão 40mg/ml é a forma mais indicada para tratamento dos pequenos. Cada 5 ml (colher-medida) contém 0,20 g do medicamento.

Há também a medicação para aplicação intravenosa, entretanto, esta versão é de exclusividade hospitalar.

Como tomar?

O medicamento na versão comprimido deve ser ingerido, sem que se mastigue, com um pouco de líquido. É melhor que seja administrado depois das refeições.

Há várias maneiras e dosagens para a administração do medicamento, tudo dependerá do diagnóstico realizado pelo seu médico.

Pode-se tomar a medicação das seguintes maneiras:

  • Em uma única dose de 2 gramas;
  • Durante o intervalo de 10 dias, sendo a dose de 250 mg, duas vezes ao dia;
  • Durante o intervalo de 7 dias, sendo a dose de 400 mg, duas vezes ao dia.
  • Tratamentos realizados em crianças – em casos de giardíase e tricomoníase: crianças de 1 a 5 anos, ingerir meia colher-medida, duas vezes ao dia, entre 5 a 10 dias. Em casos de amebíase: ingerir 80 mg (ao dia) para cada quilo de peso da criança, a duração varia entre 5 a 10 dias.

Claro que dependendo da prescrição pode haver alterações tanto na dosagem como no período de tratamento. Siga sempre a recomendação do seu médico.

As infecções ocorridas por transmissão sexual devem ser tratadas igualmente entre os parceiros. Esta medida é fundamental para que a propagação de outras doenças não ocorra.

A medicação em gel ou creme do remédio, para casos de infecção vaginal, deve ser aplicada à noite antes de dormir. O medicamento pode ser usado mesmo que a paciente esteja em período menstrual, respeitando a duração prescrita pelo médico.

Em caso de esquecimento do horário do medicamento, é adequado que se tome logo que lembrado. Se a ingestão ou aplicação já estiver próxima do horário seguinte, tome ou aplique apenas uma dose.

Podem acontecer episódios de superdosagem. Se isto ocorrer, alguns efeitos adversos como vômitos ou confusão mental estão sujeitos a acontecer. Procure atendimento médico o mais rápido possível. A sua absorção total deve ocorrer no intervalo de uma a duas horas.

Quais são as contraindicações?

Assim como a maioria dos medicamentos, o Metronidazol também apresenta contraindicações, veja quais são:

Este medicamento é contraindicado a pacientes que apresentam alergia aos elementos da fórmula, incluindo o imidazol, um composto orgânico presente. O medicamento também é contraindicado para as lactantes. As gestantes devem passar por avaliação médica antes de iniciar o tratamento.

Quais são os cuidados com a medicação?

É preciso tomar algumas precauções enquanto se faz tratamento com o Metronidazol. Acompanhe quais são os principais cuidados:
Nos casos de tratamento com duração de tempo maior, será preciso realizar exames de sangue com certa constância, principalmente em relação à contagem dos leucócitos.

É expressamente contraindicado o consumo de bebida alcoólica durante todo o tratamento. Deve-se esperar pelo menos um dia, depois do último comprimido, para consumir álcool. As reações adversas em casos de interação entre álcool e o remédio podem causar taquicardia, vômitos, e alterações de pele.

Quem faz uso de bebida alcoólica juntamente com a medicação sofrerá o corte do efeito do remédio. O cuidado em relação a essa interação perigosa deve ser intenso. O medicamento contém certa substância muito utilizada para tratamento em pacientes que fazem uso abusivo de álcool, portanto, caso haja a ingestão de bebida alcoólica, o paciente deverá sentir extremo desconforto e forte sensação de mal-estar.

O médico deverá acompanhar o paciente em todo o período de tratamento para que possíveis reações indesejadas sejam controladas, caso surjam.

Quais são os efeitos colaterais?

Veja alguns dos efeitos colaterais que podem acontecer quando em tratamento com o remédio.

Pode acontecer a neuropatia, condição que afeta os nervos; parestesia, sensações como o frio, calor e formigamento; ataxia, deficiência na coordenação motora, além de tonturas e episódios de convulsão.

Os sintomas mais comuns em determinados pacientes são: náuseas; vômitos; dor de estômago; diarreia; alteração de paladar; sensação áspera na língua; gosto metálico na boca; dores de cabeça; tontura; confusão mental; alterações no humor; erupções de pele; além de febre.

Quais são as outras considerações?

É também bastante comum que pacientes em tratamento apresentem a urina com coloração bem escura. Isso acontece em função dos metabólitos ingeridos com a medicação.

Pacientes que apresentam encefalopatia hepática, ou demais condições relacionadas ao fígado devem ter acompanhamento médico constante. Somente o médico poderá fazer a identificação exata da doença e do tipo de medicamento que poderá ser administrado, assim como a dose correta.

Pacientes que são acometidos por doenças crônicas devem avisar ao médico antes de iniciarem qualquer tratamento, seja com Metronidazol ou outro.

Esta medicação deve ser administrada com prudência em pacientes que apresentam doença grave, ativas ou crônicas do Sistema Nervoso Central e Periférico, pois, há risco de agravamento das condições neurológicas.

É preciso também atenção àqueles que trabalham operando máquinas ou dirigindo. Situações envolvendo sintomas como tonturas, confusão mental, convulsões ou mesmo alucinações visuais podem ocorrer.

Já em relação a populações especiais, como os idosos, não há advertências sobre a utilização adequada deste medicamento.

Quais são as interações medicamentosas?

A principal interação medicamentosa, em relação às complicações posteriores, que o paciente deve ficar atento está relacionada com o Dissulfiram.

Esta é uma substância usada em pacientes que tratam o alcoolismo. Pacientes que utilizam o Dissulfiram não conseguirão mais beber, pois as reações adversas que acontecem são bastante severas.

Evidentemente que não se recomenda misturar antibiótico e bebida alcoólica, porém, neste caso em particular envolvendo o medicamento, esta advertência não deve ser ignorada sob nenhuma hipótese.

As reações típicas, como intenso mal-estar, são mais comuns quando se ingere o medicamento por via oral, mas, é possível que também ocorram em caso de aplicação vaginal.

Portanto, o melhor é evitar as bebidas alcoólicas e qualquer outro alimento que, eventualmente, contenha álcool durante o tratamento, e por no mínimo três dias após a conclusão do mesmo.

Evidentemente que a ingestão do próprio Dissulfiram com o Metronidazol também precisará ser evitada.

Outra interação medicamentosa a ser considerada é a associação do Metronidazol com o Mebendazol. Neste caso pode haver mais risco no surgimento da Síndrome de Stevens-Johnson. Doença grave onde aparecem erupções cutâneas, bolhas, descascamento, manchas arroxeadas ou avermelhadas.

O Metronidazol também pode causar elevação dos níveis sanguíneos de lítio, ciclosporina e varfarina que podem causar várias complicações, dependendo do paciente.

Qual é o preço?

O remédio tem uma variação de preço bem acentuada, pois depende de sua versão ou quantidade de cápsulas.

Em média, pode ser encontrado por R$10,00 ou menos. É o caso da caixa do medicamento com 20 comprimidos, de 250 mg (medicamento genérico).

Os nomes comerciais mais comuns do medicamento contendo o Metronidazol são: Helmizol, Flagyl, Rozex, Neo Metrodazol e Terconazol.

Qual é o risco de se automedicar?

Sempre vale o lembrete: Nunca se automedique. Procure sempre um médio para que os seus sintomas sejam avaliados corretamente e para que não haja dúvidas em relação ao medicamento a ser tomado.

O uso sem critério de antibióticos para tratar problemas de saúde e que gera resistência nas bactérias, acarreta em outro problema difícil de solucionar; pois, quanto maior a utilização de remédios como os antibióticos, maior a dificuldade em tratar a população de doenças graves, com sucesso.

A utilização indiscriminada e inapropriada de antibióticos torna as bactérias resistentes. E isso é um fato comprovado. Então, fica cada vez mais difícil tratar as infecções comuns.

Na verdade, os médicos já esperavam por isso em certo grau. Mesmo com o uso adequados destes medicamentos há risco de deixar as bactérias mais e mais resistentes. Agora, se este uso não é adequado, o aumento de microrganismos resistentes torna-se acelerado.

E todos nós estamos envolvidos, de certa forma. O médico que administra o medicamento, caso faça um diagnóstico ruim, levará o paciente a ingerir a medicação errada, e assim contribuirá ainda mais para o problema.

Do mesmo modo o paciente que se automedica, ou usa a medicação em dosagens inadequadas; ou ainda não termina o seu tratamento até o final. Todas essas ações contribuem negativamente para a resistência das bactérias e consequentemente para a cura de doenças.

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